sexta-feira, 31 de julho de 2009

mistério esclarecido

Ao menos agora, com esta história resolvida em uma cerveja a quatro nos jardins da casa branca, pude entender de uma maneira mais precisa porque Obama havia dito que "Lula é o cara".

terça-feira, 28 de julho de 2009



Video com Inaki falando sobre seus quadros. Cada vez melhor.

domingo, 12 de julho de 2009

M O R R I S S E Y

Imaginem algo muito maior do que o que se espera. Lembrem de um presente que seja o mais emocionante que vocês já receberam.
Quando Christopher comprou os ingressos para o show de Morrissey, que aconteceu ontem aqui em Viena, eu já fiquei alucinado em pensar neste dia de estar no mesmo espaço que Morrissey, ouvindo-o cantar. É a turnê de lançamento de seu disco novo, e como ele já lançou alguns discos nos últimos 20 anos, eu ontem saí de casa e entrei no metrô com a mesma tênue esperança de quando soube dos ingressos comprados de quem sabe escutar uma, talvez duas canções dos Smiths. Pouco mais de uma hora e meia depois, quando o show foi aberto com This charming man, era difícil nao explodir. O gasômetro lotado explodiu junto.
Sim, ele tocou as músicas do disco novo, mas intercaladas de canções de outros discos e nada mais nada menos do que, além de This charming man, as seguintes canções dos Smiths:
How soon is now?
Why don't you find out for yourself?
Some girls are bigger than others
Please let me get what I want this time
Girlfriend in a coma
Ask
Era como um sonho ouvir Ask ao vivo, arrepiado em Please, please, please..., delirante.
Morrissey tirou a camisa e jogou para a platéia, composta para minha surpresa de muita gente com idade por volta de 30 anos. Engraçado foi ver muitas pessoas com camiseta do cantor ou dos Smiths. Era o primeiro show dele em Viena!
A banda é excelente, Alessandro ia pirar com a bateria (que incluía um gongo imenso chinês), o baixista fez dois solos alucinados e Doll and the Kinks, a banda que abriu britanicamente às 20 horas em ponto, era algo como se as músicas de Echo and the bunnymen e Siouxsie fossem cantadas por Cindy Louper, (a cantora tinha inclusive o mesmo chapéu coco), muito boa.
Pensem numa noite inesquecível....
Quem souber o email de Normando que faça este post chegar até ele!

sábado, 11 de julho de 2009

verao, 18 graus

Cheguei ontem a Munique, cansado, dormi pouco durante o vôo, pois muitos passageiros assistiram a uma comédia e riram muito. Eu vi dois outros filmes, uma comédia romântica boa "Ele não está tão a fim de você", com um elenco só de gente famosa, e um filme muito interessante e intenso com Felicity Huffmann, de cabelos pintados de preto, "Phoebe's wonderland".
Lisboa, como sempre, com policiais fazendo questão de ser muito antipáticos no controle de passaporte. Aqui tudo verde. À noite, em Traunstein, comi um fígado com batatas delicioso. Hoje pela manhã, chegando de trem em Salzburgo, vi a obra do prédio da Humboldtstrasse, que já está no primeiro andar, que emoção. O trem a Viena era um dos novos que não conhecia, super velozes e com um interior bem diferente. Daqui a pouco vou para o show de Morrissey, no Gasômetro.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

em ruínas

Anteontem passei pela Praça da Sé, depois de subir o plano inclinado. Tomei um susto: o Palácio Arquiepiscopal está em avançado processo de arruinamento. Os degraus da escadaria na sua entrada estão se desfazendo e uma calha rompida está simplesmente solta, fazendo com que a água da chuva destrua velozmente a sua fachada.
O abandono do centro antigo de Salvador é fato consumado, mas a igreja católica é uma instituição riquíssima. Ainda que não o fosse, ao menos o dinheiro conseguido com a venda da residência dos bispos no Campo Grande para dar lugar a um dos edifícios mais horrorosos da cidade deveria ter garantido pelo menos por um bom tempo a manutenção do Palácio.
Mas frente ao estado em que se encontra o claustro de São Francisco, também em Salvador, tentar salvar o Palácio Arquiepiscopal pode ser um luxo. Qualquer coisa na Bahia de hoje, que esteja além do nível da habitação para baixa renda de péssima qualidade, parece ser um luxo. Pobre país.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

funcionário padrão

Creio que todo mundo já deve ter visto em redes de alimentação rápida, quase sempre internacionais, mas não só neste tipo de estabelecimento, uma foto emoldurada com o melhor vendedor do mês ou da semana.
Tive que lembrar destas imagens quando vi na TV a reportagem sobre o médico plantonista em um hospital público no Rio de Janeiro que além de se recusar em atender três mulheres em trabalho de parto, escreveu de caneta no braço de uma delas as linhas de ônibus que elas deveriam tomar para ir a um outro hospital. As três crianças morreram e uma das mães estava internada até hoje.
Isto deve ter acontecido apenas por elas serem gente comum. Só gente comum vai a hospital público, aliás gente comuníssima. O tal médico parece ter raciocinado assim: "Gente comum já não tem direito a hospital decente, para que então ambulância? Ambulância só para gente especial, assim tipo senadores!"
Será que por tamanha desenvoltura lógica ele também irá ganhar uma foto emoldurada?