terça-feira, 7 de setembro de 2010

luz, bahia e aneel

Desabafei aqui há algumas semanas depois de ter ficado 11 horas sem o fornecimento de energia elétrica. Como a raiva fora tanta, telefonei em seguida para a Aneel para fazer duas reclamacoes: uma sobre a frequente interrupcao do fornecimento de energia elétrica no Rio Vermelho, Salvador, outra sobre a situacao de monopólio absurda à qual os cidadaos da Bahia estao submetidos.
No momento mesmo da reclamacao eu já sabia que nada adiantaria reclamar (sim, somos todos Sr. K.), mas o fiz no espírito de que se reclamas, alguém mais além de você pode ficar irritado com o fato; pensando em termos da física, há uma diluicao da irritacao entre as partes.
Desde aquele dia, já houve pelo menos quatro outras interrupcoes no fornecimento de energia elétrica no bairro. Ao chegar hoje de viagem esperava por mim uma carta da Aneel. Nela está reproduzido o método de cálculo de interrupcoes de servico toleradas pela lei em um determinado intervalo de tempo e a informacao de que eu tenho o direito de pedir este cálculo à coelba. Sobre a situacao de monopólio nem uma linha sequer.
Puro cinismo, é a única coisa que tenho a dizer desta carta. Quem viu o que a coelba fez com as contas dos usuários há alguns meses sabe que eu nao tenho motivo algum para confiar em qualquer dado que a coelba venha a me fornecer sobre as interrupcoes no Rio Vermelho. Mas isso nao é o problema. O problema é o monopólio, mantido pelo atual governo sem nenhuma contestacao.
A falta de luz no Rio Vermelho já seria motivo suficiente para nao votar nestes governos. Mas aqui de novo sei que de nada adianta, no Brasil como na Bahia somos (quase) todos Sr. K.

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