quinta-feira, 28 de novembro de 2013

interrupted, ciclovia na Itália

Os centros históricos das cidades do norte da Itália são provavelmente o melhor exemplo de como pedestres e ciclistas podem compartilhar ruas e praças livres do trânsito do automóvel. Sem ciclovias e sem stress de conflitos recorrentes devido a velocidades distintas entre os dois grupos, os italianos articulam o seu bem viver de maneira exemplar nesta modalidade de convivência.
Entretanto, saindo dos centros, a relativamente nova implantação de uma rede de ciclovias em ruas de tráfego predominante de automóveis tem sido acompanhada de decisões esdrúxulas quanto a definição de prioridade de uso do espaço.
Esta foto fiz em setembro deste ano, em um estrada local a nordeste de Piacenza, que ganhou uma faixa destinada aos ciclistas, mas já tinha visto tais "soluções" no ano passado algumas vezes, como na longa avenida de acesso ao centro de Pádua.
O que pode parecer de longe uma instalação artística ou mais um caso de gastos absurdos de dinheiro público, é uma contraditória decisão de interromper a proridade de uso da bicicleta toda vez que há um acesso transversal de automóvel, seja uma esquina de uma rua secundária ou simplesmente um portão. Com isso, legalmente, o automóvel tem naquele trecho prioridade sobre a bicicleta e retiram-se do motorista as responsabilidades sobre eventuais acidentes.
Mas se a ciclovia foi implantada para proteger o ciclista do tráfego de automóveis, que saldo ainda resta de vantagem para o uso da bicicleta se de tantos em tantos metros é acrescentado um fator de risco ao percurso?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

pequeno desabafo arquitetônico

Faz quinze anos que a arquitetura contemporânea brasileira é uma repetição de clichês de si própria. Nos dez anos anteriores, ela elaborou estes clichês a partir da arquitetura brasileira dos anos 50. É claro que há exceções (apenas como em tudo neste mundo).
Este é um pequeno desabafo.